ENFIM LIBERTO

Deixei de navegar ao sabor dos ventos,

Meus passos lestos, já não mais lentos,

Tomaram novo rumo, tendo a liberdade

Como caminho, enfrentando a verdade.

De vil mentira construí uma vida inteira,

Nada assimilando, minha vera maneira,

Sempre dos outros escutando que fazer

Para no fim de tudo, tudo, enfim, perder.

Deixei meus braços e pernas crescerem,

Irrompendo da prisão, que me escondia,

Do mundo lá fora, de flores a fenecerem.

Não podendo já assim continuar, emergi,

Busquei dentro de mim o que bem sabia,

Que à minha pessoa mui devia, não fugi.

Jorge Humberto

26/11/07

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 27/11/2007
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