O sonetista
O soneto é elegância da mais altiva divindade,
Sublimes versos decassílabos em sua lealdade
E assim ao despojar de tudo que é irrisório
O sonetista se vê em sínteses dos notórios.
Nisto tudo que conflui ao horizonte socrático,
Se ver nitidamente apático a tudo sofismático
Coadunável pois o é à verdade dogmática,
Ver-se mais uma vez frente a verdade prática.
Assim o nobre que busca-se no enobrecer
Encontra-se cada vez mais nas virtudes,
Que é tudo aquilo que faz em beleza crescer.
Em tal homem a vontade permanece a ser,
Através de toda a sua extensa austeridade,
Que é fatalmente o nome na eternidade ter.