AS TRICONAUTAS (SONETO)

AS TRICONAUTAS (SONETO)

AUTOR: Paulo Roberto Giesteira

Durante a Revolução Francesa que estava a defragar,

Vislumbrada pela demolição da prisional Queda da Bastilha,

Povo na rua protestando e retaliando por toda França a milhas...

Implantaram uma condenação fatal de morte a executar.

Sobre um pedestal construíram a guilhotina na lâmina a decepar,

Cabeças dos condenados rolando como uma pastilha;

Enquanto as triconautas assistiam fazendo croché a pilha,

Cantando canções primitivas inventadas a hora para confrontar.

Despatriotas da França do conflito que fez a despertar,

Descaso monárquico pelo seu povo a de vez promulgar,

Intervenção iluminista induzindo todos as revoltas a anilhas.

Mulheres manifestantes e outras assistindo o que era a decapitar,

Sentadas de frente em suas cadeiras costurando ou bordando a ilustrar,

Acontecimentos alcançando a república que a veio implantar.

TRICONAUTAS tricotando bordados cantando a morte a quem de condenar.

Paulo Roberto Giesteira
Enviado por Paulo Roberto Giesteira em 21/05/2022
Reeditado em 21/05/2022
Código do texto: T7520523
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