NA PORTA DE UM BAR (SONETO)
NA PORTA DE UM BAR (SONETO)
AUTOR: Paulo Roberto Giesteira
Alguns degraus postos a aquele que queira agir,
Procurando um cigarro a um isqueiro pra fumar,
Balas e doces as crianças que queiram comprar,
Bebidas nas prateleiras para cada gosto atingir.
Solidão daquele que não tem aonde dormir ou ficar,
Sob as marquises dos frios forra o chão para deitar,
Estendendo um papelão grosso pela coberta a cobrir,
Aquele que não tem nada pra comer e onde dormir.
Fechados oferecem abrigo a quem de longe vir...
Bêbados caídos acomodam longe do orvalho a ir...
Mesas e cadeiras das apostas constando cada par.
Balcões dos debruçados a que esperam a olhar,
Uma boa dose ou bandeja servindo o que pedir...
Ocorrendo fatos ou acasos na porta de um bar.