JACARÉ (SONETO)
JACARÉ (SONETO)
AUTOR: Paulo Roberto Giesteira
Nos pântanos, lagos, lagoas ou rios brasileiros
Vivem os jacarés sobre sua fonte de alimentação,
Jacaré-açu, jacaretinga ou jacaré do papo-amarelo,
Esperando uma presa pelo seu astuto bote ligeiro.
Encostando a beira dos barrancos pratica o elo,
Cançando e capturando afoga na ribeira agitação,
Mordedura furiosa a força dentária de um torneiro,
Despedaçando a parte amordaçada a progressão.
Réptil ovíparo colocando os ovos enterrados a proteção,
Vigiada pela femea-mãe dos inimigos a cada aparição,
Esperando nascer todos comparando a um anelo.
Transportando dentro da sua boca até chegar o lamaceiro,
Próximo ao seu habitar de água corrente ou parada a um belo,
Tipo de sobrevivência ao ciclo de quem caça ou é caçado a procriação.