A vaidade do poeta
A vaidade do poeta
Nenhuma vaidade me completa,
Orgulho algum me serve de bengala,
A jactância, decerto, não me abala,
Qualquer pompa ser-me-á obsoleta
Fazer versos não faz de mim poeta
E a inspiração não mora em minha sala,
Ela é divina em toda a sua escala,
É Indomável, é bela, é dileta.
Da Divina Comédia ao Cordel
Nordestino, do vate do bordel
À shakespeariana poesia,
Existe uma centelha sublimada,
Que brota da ideia versejada,
Num excelente brilho de magia.
Poema feito como espelho para o Soneto A Vaidade do Poeta, de Jota Garcia.