O BOI (SONETO)
O BOI (SONETO)
AUTOR: Paulo Roberto Giesteira
O boi rugiu alto na noite atrás de uma moita de capim,
Em meio a manada andarilha pelos pastos ou jardins,
Rugindo bem alto de fome sedento pelos seus afins...
Procurando lagos, lagoas ou rios a conjunta acomodação.
Reagindo incessantemente por toda noite a procuração,
Encontrando a fartura praticando a sua remediado refeição,
Comendo o bastante e suficiente para a sua alimentação,
Passando por locais, porteiras ou cancelas a uns confins.
Mastigando processualmente para logo fazer a esperada digestão,
Ruminando toda a fartura pela definição saciável, enfim...
Bosques, matagais, pântanos e florestas para a intenção.
Arrematando gramas, moitas ou soqueiras verdes a ação,
Brotos verdes, folhas das árvores ou folhagens maduras a um carmim...
Aproveitando o que de saboroso a luz dos dias até o seu fim.
Carros de boi, carroças ou charretes andando com sinos a um clarim.