SONHO DE CABOCLO
Jamais almejei além de uns trocados,
o meu cobertor em noites de frio,
pescar lambaris à margem do rio
e ver o paiol e os silos lotados...
Aos pés da montanha, um pouco tardio,
plantei o vinhedo e, os vales e prados
formaram videira e os campos plantados
tornaram reais o sonho bravio.
Que o céu abençoe o meu bangalô,
o amor de Rosinha, o vinho bordô
e o plano divino unindo-se aos meus.
E, certo que um dia iremos morrer,
procuro buscar, enquanto viver,
em cada momento a essência de Deus…