MULA SEM CABEÇA (SONETO)
MULA SEM CABEÇA (SONETO)
AUTOR: Paulo Roberto Giesteira
Uma mulher castigada por se entregar a um padre,
Tornando em uma mula entre o asno e o cavalo,
Vagando entre os dias arranjando um grande calo,
Atacando pessoas até mesmo ligaduras entre compadres.
Campanários do folclore brasileiro a imagem de Sagres...
Longe de sua cabeça derrapada a direção de um ralo,
Surgindo pela aparição tenebrosa de um alarmante estalo,
Procurando quebrar o encanto ou feitiço a alguns frades.
Assombrações e fantasmas entre as relvas de confrades,
Perambulando entre as folhas verdes das arvoretas vinagres,
Saindo fogo da sua garganta para cima a luz de um Palo.
Sobre os lagos e lagoas as barbatanas e ferrões dos bagres,
Batinas sobre as carcaças religiosas de algumas madres,
Mula sem cabeça que enalteça as lendas presas a alguns embalos.