MULA SEM CABEÇA (SONETO)

MULA SEM CABEÇA (SONETO)

AUTOR: Paulo Roberto Giesteira

Uma mulher castigada por se entregar a um padre,

Tornando em uma mula entre o asno e o cavalo,

Vagando entre os dias arranjando um grande calo,

Atacando pessoas até mesmo ligaduras entre compadres.

Campanários do folclore brasileiro a imagem de Sagres...

Longe de sua cabeça derrapada a direção de um ralo,

Surgindo pela aparição tenebrosa de um alarmante estalo,

Procurando quebrar o encanto ou feitiço a alguns frades.

Assombrações e fantasmas entre as relvas de confrades,

Perambulando entre as folhas verdes das arvoretas vinagres,

Saindo fogo da sua garganta para cima a luz de um Palo.

Sobre os lagos e lagoas as barbatanas e ferrões dos bagres,

Batinas sobre as carcaças religiosas de algumas madres,

Mula sem cabeça que enalteça as lendas presas a alguns embalos.

Paulo Roberto Giesteira
Enviado por Paulo Roberto Giesteira em 22/04/2022
Código do texto: T7500272
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