BALÃO (SONETO)
BALÃO (SONETO)
AUTOR: Paulo Roberto Giesteira
Balão colorido subindo ao céu na noite de São João,
Bucha de saco de estopa ou pano velho de uma roupa,
Cangalhas com fogos de artifícios pendurados a louça,
Explodindo bem no alto sobre os montes de um valão.
Uma sanfona, acordeon, pandeiro e sustenido de um violão,
Festa junina da canjica, cocada, amendoim a voz rouca...
Agasalhos, chapéus, botas, leques e sobre as cabeças toucas,
Dançando os casais a uma típica cantiga ritmado a canção.
Em um terreno baldio, ou de plantio cai direcionado o Balão,
Namoradas esperam seus pretendentes a frente do portão,
Fogueiras de madeiras ou troncos as assaduras das mais poucas.
Bandeirinhas penduradas no pau de sebo a invenção louca...
Pegando força pelo vapor da fumaça da bucha sobe o Balão,
Quando acesa as labaredas fortalecidas sobre a quente pressão.
Apagando o fogo das buchas caem lá do infinito o apagado Balão.