Mea magna culpa
Mea magna culpa
Nem de longe sou o diabo que tu pintas,
Ainda que com pecados renitentes,
Minhas pouca virtudes, mas presentes,
Estão alheias aos tons tuas tintas.
Perante a tantas críticas famintas,
Vindas de bocas cheias de aguardentes,
Minha mãe tem palavras diferentes,
Desmentindo essas res almas destintas,
Eu sou bem mais contido na autocrítica,
Para não agredir a forma lítica,
Nem ir tanto ao poente nem ao leste.
Livro-me dos extremos do caminho,
Como bem nos falou Santo Agostinho
Em sua máxima: "Virtus in medio est".
Aracaju - Sergipe, 05/04/ 2022