A DICOTOMIA
O vento morno das madrugadas sem luar;
Contempla o horizonte perdido da su'alma;
Mostrando-te a vida minguante em céu;
De um lugar para se sonhar em vida.
Se, de certo, estás intranquilo com o existir;
Da mentira surda que se esvazia n'água a lama;
Podes para seres em poesia uma esperança no ar;
Um cantarolar muito além da eternidade descrita.
Se o raio do céu rasga a tua vida com trovões;
És a criação de si mesmo na alvorada do entardecer;
Na tranquilidade das ilusões em poemas flutuantes.
Mostra-te no oceano da vida, o milagre;
E se no teu recomeço vives à pensares, não...
Aprender nessa vida é semelhante ao compreender.