INFANTICÍDIO (SONETO)
INFANTICÍDIO (SONETO)
AUTOR: Paulo Roberto Giesteira
De uma criança morta ou violentada surge a covardia,
Maior de idade sobre a questionável impunidade,
Ignorando o brincar de uma inocência a permissividade,
Aproveitando da dependência pelo socorro a quem pedia...
Alguém mais velho a que entenda uma campainha,
Uma polícia passando as ruas sobre fortes cuidados,
Ambulâncias tocando sirenes aos enfermos deitados,
A um grito de ajuda que a vizinhança até acordaria.
Corpo achado no matagal a uma escondida sepultura,
Cão de guarda farejando locais e localidades a escultura,
De um cúmplice foragido pelos veículos da alguma cidade.
Daquele que deveria dar proteção destruindo a vivencialidade,
Cadáveres estirado a perícia a suspeita da profunda procura,
Pouca idade interrompida pela cumplicidade presa ou foragida.