BRINCANDO DE COBRA CEGA (SONETO)
BRINCANDO DE COBRA CEGA (SONETO)
AUTOR: Paulo Roberto Giesteira
Vedando os olhos de uma pessoa com um pano,
Provocando a procurar alguém ou algo que faz barulho,
Batendo palmas com as mãos e correndo escondendo a um entulho,
Barra de ferro batendo em algo como que de um cano.
Trepidação de algo macio e estendido como de um pano,
Procurando a todos os lados tocando a cada bagulho,
Algo caindo na água ou água barulhando a um mergulho,
Estourando um saco de papel repercutindo a um metano.
Quando achando e pegando passa a vez a quem for pego vagando,
Submetendo a vedar os olhos com algum mesmo ou outro pano...
Rodando dentro da roda entre todos sustentando algum orgulho.
Estando brincando entre adultos e crianças a algo fagulho...
Permanecendo até achar alguém para tirar a vedação de engano...
Cobra cega brincadeira de quando criança pelo tempo que vive passando.