Eu, poeta?
Eu, poeta?
Não nasci trovador nem poeta me fiz,
Sequer, quero ser posto nessa confraria,
Dispenso qualquer título de Academia,
Já que minha caneta é menos que um giz.
Meus versos não vão além de meu nariz,
Nem merecem afagos de quem avalia,
Ainda assim, agradeço pela cortesia,
Mas sabendo que querem me fazer feliz.
A poesia nasce onde quer, sem o poeta,
Mas o poeta entende-a e a completa
Nesse misterioso e complexo universo…
Não é bem o meu caso, sem falsa modéstia,
Mas me sobrando alguma luz, mesmo que réstia
De res aedo, irei armengar meu verso.
Aracaju - Sergipe, 11/ 03/ 2022
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O Poeta Jota Garcia, que não passa batido nunca, me ofertou está pérola, pelo que ficarei eternamente penhorado.
POETA, SIM
Amigo Armen, que bobagem é esta,
De poemas tens uma boa soma.
Teu lugar de poeta ninguém toma,
E os versos? Estão bem acima da testa.
Sabes que não costumo fazer festa,
Nem de fazer tapioca sem goma.
Não costumo cheirar flor sem aroma
E nem louvar aquilo que não presta.
Há sete anos trocamos ideia.
Se não escrevemos uma epopeia,
Que não se diga que fizemos feio.
Sei, tem muito lobo nesta alcateia,
De mau poeta o mundo está cheio,
Peço licença para entrar no meio.