Ser Errante

Estou só, uma vez mais, em campo árido

E este é um caminho já sem retorno

O sol que me aquecia, ora é morno

O olhar que em mim luzia, ora é pálido

Estou só, e em vão, procuro, ávido

Além do fim, do horizonte e meu entorno

Uma cura qualquer pra esse transtorno

De esperar que o amor seja fiel e cálido

A solidão é uma ferida lancinante

E a minha mantém-se aberta, não se cura

Essa secura na alma, vil e constante

Que forjou minha essência e estrutura

E faz de mim um eterno ser errante

Numa fuga eterna de sua loucura

Marcelo Simas Pereira
Enviado por Marcelo Simas Pereira em 02/03/2022
Código do texto: T7463431
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