Tudo era Mar
Tudo era mar na tua ausência
Tudo era infinitamente azul
Fosse no Rio, ou em Cabul
Tudo era amar em sua essência
Naquele ir e vir constantes
Tudo de novo se repete
Tudo que é novo se derrete
Na eternidade dos instantes
Tudo era mar, não havia fim
Tudo era vida que remetia à morte
Tudo era inteiro e metade de mim
Era amor que me rasgava em corte
A outra metade, era também, por fim
Amor, que em cacos, me fazia forte