GUARDA CHUVA (SONETO)
GUARDA CHUVA (SONETO)
AUTOR: Paulo Roberto Giesteira
Só lembrando dele quando o céu fica coberto de nuvens escuras,
Roncando trovoadas com relâmpagos fortes mostrando raios a atravessar,
Céu rajado de ventos que balançam um varal com roupas a secar,
Buscando a um canto guardado para tirar toda poeira a usura.
Pedras de gelo ou granizo que a qualquer superfície a fura...
Abrindo sob o tempo chuvoso a hora que deva a usar,
Andando pelas ruas evitando os pingos prontos a molhar,
Alguma patologia sobre os antídotos paradoxal a uma cura.
Tempo feio a uma interjeição da temperatura que a tudo mistura,
Poças de água instrumento de cada enchente a suma postura,
Passando até a hora exata de apertar o botão para enfim fechar.
Esquecendo pelos bancos das conduções a real loucura,
Praças, marquises ou pontes a um canto na maior fissura...
Guarda chuva quando a chuva resolve começar até a hora de acabar.