GUARDA CHUVA (SONETO)

GUARDA CHUVA (SONETO)

AUTOR: Paulo Roberto Giesteira

Só lembrando dele quando o céu fica coberto de nuvens escuras,

Roncando trovoadas com relâmpagos fortes mostrando raios a atravessar,

Céu rajado de ventos que balançam um varal com roupas a secar,

Buscando a um canto guardado para tirar toda poeira a usura.

Pedras de gelo ou granizo que a qualquer superfície a fura...

Abrindo sob o tempo chuvoso a hora que deva a usar,

Andando pelas ruas evitando os pingos prontos a molhar,

Alguma patologia sobre os antídotos paradoxal a uma cura.

Tempo feio a uma interjeição da temperatura que a tudo mistura,

Poças de água instrumento de cada enchente a suma postura,

Passando até a hora exata de apertar o botão para enfim fechar.

Esquecendo pelos bancos das conduções a real loucura,

Praças, marquises ou pontes a um canto na maior fissura...

Guarda chuva quando a chuva resolve começar até a hora de acabar.

Paulo Roberto Giesteira
Enviado por Paulo Roberto Giesteira em 01/03/2022
Código do texto: T7462540
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