CHÁ DA TARDE (SONETO)
CHÁ DA TARDE (SONETO)
AUTOR: Paulo Roberto Giesteira
Adotado pelo hábito inglês de sentar no fim do dia,
Apreciando uma saborosa erva levada ao fogo,
Fervendo com um pouco de água a uma vasilha a jogo,
Chaleira típica de bico a entorpecer toda a alegria.
Folhas orientais ou ocidentais pelo benefício que guia,
Porção quantidade e gosto lavadas tirando o lodo,
Secadas expostas ao sol movidas a um higiênico rodo,
Ensacado a conserva levados as prateleiras das periferias.
Chícaras, canecas ou copos porcelana a pura energia,
Metal ou alumínio dosando um envelope a serventia,
Bandeja servida a mesa ou a mão pegada a engordo...
Adoçado ou puro pela preferência quente do engodo,
Visitas ou moradores da casa a uma influente revelia,
Tomando uma vez, duas ou três, comemorando cada harmonia.