CHÁ DA TARDE (SONETO)

CHÁ DA TARDE (SONETO)

AUTOR: Paulo Roberto Giesteira

Adotado pelo hábito inglês de sentar no fim do dia,

Apreciando uma saborosa erva levada ao fogo,

Fervendo com um pouco de água a uma vasilha a jogo,

Chaleira típica de bico a entorpecer toda a alegria.

Folhas orientais ou ocidentais pelo benefício que guia,

Porção quantidade e gosto lavadas tirando o lodo,

Secadas expostas ao sol movidas a um higiênico rodo,

Ensacado a conserva levados as prateleiras das periferias.

Chícaras, canecas ou copos porcelana a pura energia,

Metal ou alumínio dosando um envelope a serventia,

Bandeja servida a mesa ou a mão pegada a engordo...

Adoçado ou puro pela preferência quente do engodo,

Visitas ou moradores da casa a uma influente revelia,

Tomando uma vez, duas ou três, comemorando cada harmonia.

Paulo Roberto Giesteira
Enviado por Paulo Roberto Giesteira em 23/02/2022
Reeditado em 28/02/2022
Código do texto: T7459072
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