ASA BRANCA (SONETO)
ASA BRANCA (SONETO)
AUTOR: Paulo Roberto Giesteira
A seca nordestina entra em uma autuada questão,
Caatingas dos acauās voando a pura visitação,
Ausência de chuva na estiagem castigando a pão,
Rios secos córregos empoeirados a falta de navegação.
Morrendo as manadas como as germinadas plantações,
Mandacarus sobreviventes as terras escassas da extração,
Terra ardendo pelo calor do sol pelejando a impressão,
Espetamentos dos espinhos encravados a colocação.
Asa Branca do vaqueiro tocando um berrante pelo sertão,
Implorando pela chuva para a sede de quem perde a direção,
Respaldo das nascentes de onde surgia uma infiltração.
Abandonando sua terra era o paliativo para uma solução,
Planos sobre um futuro incerto escrito a luz da desilusão,
Restando novos projetos da terra seca impulsionada pela ideal transposição.