ASA BRANCA (SONETO)

ASA BRANCA (SONETO)

AUTOR: Paulo Roberto Giesteira

A seca nordestina entra em uma autuada questão,

Caatingas dos acauās voando a pura visitação,

Ausência de chuva na estiagem castigando a pão,

Rios secos córregos empoeirados a falta de navegação.

Morrendo as manadas como as germinadas plantações,

Mandacarus sobreviventes as terras escassas da extração,

Terra ardendo pelo calor do sol pelejando a impressão,

Espetamentos dos espinhos encravados a colocação.

Asa Branca do vaqueiro tocando um berrante pelo sertão,

Implorando pela chuva para a sede de quem perde a direção,

Respaldo das nascentes de onde surgia uma infiltração.

Abandonando sua terra era o paliativo para uma solução,

Planos sobre um futuro incerto escrito a luz da desilusão,

Restando novos projetos da terra seca impulsionada pela ideal transposição.

Paulo Roberto Giesteira
Enviado por Paulo Roberto Giesteira em 20/02/2022
Código do texto: T7456250
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