Poema sem juízo
Não há nada, sobre teus olhos, para ser dito
Tampouco há o que dizer do teu sorriso
Pois sabes bem que pra ser feliz dele preciso
E que em teus olhos o tempo é infinito
Não há um verso sequer a ser escrito
Pois jamais se escreve sobre o paraíso
O poeta que tiver mesmo juízo
Não versará sobre o amor e o seu rito
Então eu manterei como segredo
Um mundo inteiro que só existe
Quando acordo com teu sorriso já tão cedo
E ele transforma tudo o que ainda é triste
Na beleza lúdica de um brinquedo
E o poeta, de calar-se, então desiste