Os sinos e o sineiro
Os sinos e o sineiro
Sua o sineiro enquanto os sinos soam,
No vai e vem da corda dos badalos,
Soam e, suam, as mãos cheias de calos,
Enquanto as andorinhas no céu voam.
Os sinos e o sineiro choram, troam,
Na sucessão de sons sem intervalos,
Soam e suam nos mágicos embalos,
Enquanto os querubins cantos entoam.
Na sagrada labuta a torre soa,
E ao peso laboral desacorçoa,
No Ângelo às seis da tarde na capela.
Também, cá, em meu peito tem um sino,
Suo eu e, ele soa em desatino,
Eu suo pela saudade vindo dela.
Aracaju-SE. 07/ 01/ 2022