A VERDADE DE MINHA POESIA

Fantasma errante calcorreando terras,

Sem destino marcado nem palavra sã,

Vão mundo subindo, descendo serras,

Sem nem sequer encontrar o amanhã.

Sozinho, procurando meu são abrigo,

Sem ter ninguém co quem conversar,

Fico pensando se este não é castigo,

Para quem a verdade a tenta nortear.

Minha palavra directa sem castração,

A muitos, sei-o bem, causa indignação,

Mas antes isso que ser poeta omisso.

Ostracismos e outras purgas dilectas,

Querem-me fazer crer serem correctas,

E eu mostro-lhes que não sou indeciso.

Jorge Humberto

17/11/07

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 19/11/2007
Código do texto: T743432