Cadeira Vazia Parece que foi ontem a despedida Na cadeira da sala diante de mim, A receber a sentença que era o fim. A olhar-me, réu sem defesa dada. Um instante tenso, um segundo frio, Não cabia pensar, nem ter calafrio. Um momento único, decisivo e triste, Teria que ser forte nada mais existe. Engoli a dor que me esmagava agora E olhando pra ti na cadeira da sala Falei sem ti tocar, parte, vá embora. Em silêncio sem contestar partiste, Ao tocar, de leve, a cadeira vazia Lembro até hoje, pois a dor persiste.