DILÚVIO (SONETO)

DILÚVIO (SONETO)

AUTOR: Paulo Roberto Giesteira

Muita chuva inundando vilas ou vilarejos,

Casas, pátios e rios sobre os pousos dos percevejos,

Ultrapassando limites acima de todos os prescejos,

Tristezas superando todo os felizes cortejos.

Nos tempos de Noé era a arca salvando a um queijo,

Contemporaneidade o descaso vale mais que um beijo,

Lixos, construções irregulares e a falta de saneamento é o ensejo,

Longe as imagens desconhecidas de Saravejo.

Chuvas torrenciais à medida quântica aumentada,

Daquela para um mês caindo em menos de uma hora marcada,

Drenagem de ralos entupidas e a verdadeira piada.

Escorrendo para o lugar mais baixo a lama pesada,

Ou empoçando pelas ruas largas ou encurtadas...

Dilúvio seja a qualquer época, é um castigo a qualquer coisa errada.

Paulo Roberto Giesteira
Enviado por Paulo Roberto Giesteira em 13/01/2022
Reeditado em 31/01/2022
Código do texto: T7428227
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