DILÚVIO (SONETO)
DILÚVIO (SONETO)
AUTOR: Paulo Roberto Giesteira
Muita chuva inundando vilas ou vilarejos,
Casas, pátios e rios sobre os pousos dos percevejos,
Ultrapassando limites acima de todos os prescejos,
Tristezas superando todo os felizes cortejos.
Nos tempos de Noé era a arca salvando a um queijo,
Contemporaneidade o descaso vale mais que um beijo,
Lixos, construções irregulares e a falta de saneamento é o ensejo,
Longe as imagens desconhecidas de Saravejo.
Chuvas torrenciais à medida quântica aumentada,
Daquela para um mês caindo em menos de uma hora marcada,
Drenagem de ralos entupidas e a verdadeira piada.
Escorrendo para o lugar mais baixo a lama pesada,
Ou empoçando pelas ruas largas ou encurtadas...
Dilúvio seja a qualquer época, é um castigo a qualquer coisa errada.