O ritual do vento.
O sereno das cinco trouxe noite serena.
E o Sol, cujo às nuvens renuncia...
Tinge a pele do dia em cor morena.
Refaz o cinza em nova hegemonia.
Sob as estrelas, eis o tal dilema...
O Céu, em labaredas rabiscadas
Esconde na garoa o seu poema.
A receita que nutre as madrugadas.
Se estrelas que antes faiscavam...
Hoje encolhem na névoa penumbrante,
E a noite soturna em garoa recua...
Em um sopro noturno, ventania...
Um branco aveludado, inebriante...
Recolhendo o sereno, revela a Lua.