Ioiô
Ioiô
Um brinquedo de nossa pouca idade,
Eu tinha um, produto artesanal,
Duas conchas de coco e um varal,
Fazia minha alegria na mocidade.
Na moda, virou febre na cidade,
Alguns de nós se achava profissional,
E há bem da verdade, isso era real,
Pois tínhamos de sobra habilidade.
Ioiô que sobe e desce num barbante,
Num vai e vem em ritmo constante,
Criança não se cansa de brincar...
Também virou ioiô meu coração,
Servindo de brinquedo num cordão,
Nas mãos de quem não soube me amar.
Aracaju-Sergipe, 06/ 12/ 2021
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Do exímio poeta Jota Garcia ganhei essa participação, que já era uma interação de outro poema seu.
Ioiô
Duas rodas unidas por um eixo,
Um pequeno barbante enrolado,
Faz a mágica de cair o queixo,
Faz o olhar ficar maravilhado.
Pedem para brincar, mas eu não deixo.
Não largo, acho qu’estou viciado,
Outro brinquedo melhor desconheço,
Num instante levou-me ao passado.
No seu sobe e desce, que não para,
O meu coração a pular dispara.
Era assim que brincava com vovô.
A geração dos games não conhece,
Os brinquedos que a gente não esquece, Como este que chamamos de ioiô.