O MAIOR BORDÃO DA TV BRASILEIRA " EU ODEIO POBRE" (SONETO)

O MAIOR BORDÃO DA TV BRASILEIRA "EU ODEIO POBRE" (SONETO)

AUTOR: Paulo Roberto Giesteira

Promovido durante décadas, do fator humor nos programas de televisão,

Pronunciado por atores com personagens pau mandado a distração,

Entrando a narrativa script preconceituosa a socialização,

Pobre permanecendo cobaia de um rico a rigorosa servidão.

Pedrominância sobre o predominado a uma cruel escravidão,

Promovido as cenas de um perverso proclamando a distanciação,

Sobrepujando as desgraças alheias personificando a encenação,

Programas cômicos, novelas e reportagens na notícia de primeira mão.

Promovendo homicídios e atropelamentos de bêbadas na contramão,

Impunidade continuidades da insignificância ausentada da condenação,

Incitando o ódio entre classes do alto ao baixo alcançando execução.

Bordão mais expressivos e estúpido, executado na televisão,

Um Pobre para um rico, lamentando o sumiço de um pedaço de pão,

Desejando a morte da classe pobre pela significância da condição.

"Pobre tem que morrer"

Ou "Eu odeio pobre"

Infeliz cultura que perpetua estes termos como bordão.

Paulo Roberto Giesteira
Enviado por Paulo Roberto Giesteira em 08/01/2022
Código do texto: T7424376
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