OS MORROS - SAMBA (SONETO)
OS MORROS (SONETO)
AUTOR: Paulo Roberto Giesteira
Existentes como espaço livre da vida selvagem,
Habitado nas metrópoles pelas classes necessitadas,
Iniciando no fim da escravidão como refúgio de moradas,
Ou dos fujões que corriam dos capitães do mato a coragem.
Providência a construção de barracos de madeiras a voragem,
Atendendo aquele que carece de lucros desde uma vidraça,
Em um lugar bem alto pendurando roupas no varal a couraça,
Poste de luz com fios passando levando a alta voltagem.
Recebendo outros estados e gentilicos relutando a paisagem,
Zinco, madeiras e ripas relevando o desenho de cada imagem,
Lá de cima a visão de tudo buscando a admiração que a laça.
Subindo e descendo pelos caminhos que um morador a passa,
Samba, passinho ou funk que uma bela dança a traça,
Morro a sua comunidade que o convívio mostra sua roupagem.