Árvore Frondosa Quando na sombra da árvore abro os braços E faço um berço da rede de grandes franjas, A lua cheia fica a me olhar no doce balanço. Nos troncos frondosos dela sou rei, sou anjo. No romper do dia recolho frutos frescos Ouço o canto dos passarinhos e dos sonhos. Quando desejo que os olhos vá mais além Subo nos galhos e vejo o que me convém. O lençol da saudade energiza o meu corpo Quando lembro do chamego bem gostoso, Daquela morena que dormia no meu dorso. Quando me deito na rede a olhar para o céu, Debaixo da árvore frondosa, penso sou réu Morena dengosa, sinto saudade do seu chamego.