MATAM-ME

Sei que estou sozinho neste vale de lágrimas,

E tento de todas as maneiras sair deste lago

Onde afogo-me no tênue pesar errante

Por não compreender os fatos que me cercam.

Bem sei da minha loucura que assusta-me

Do desespero da ânsia louca em mim

Vestida de fantasia com máscara de gelo

que se desfaz no calor da caravana lúgubre.

Percebo e sinto o sol queimar-me

Na lua fresca da minh'alma à traduzir

Os bordados que teceram os fios.

Todos são culpados da minha fuga para Shangrila

Porque só Allah sabe do meu desespero metafórico

De matarem-me para esse mundo antigo em hóstia.

Sérgio Gaiafi
Enviado por Sérgio Gaiafi em 18/12/2021
Código do texto: T7409965
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