ARTE AO SOL (SONETO)

AUTOR: Paulo Roberto Giesteira

Ouro cromado em seus raios a deflagrar,

Orvalhos de uma bela manhã a abrilhantar,

Eternos olhos do calor que faz o dia clarear,

Voando pelo horizonte a um iluminado lugar.

Amarelando a seiva dos bosques a reflexão,

Pepitas de diamantes a luz trazendo a pretensão,

Pigmentos radioativos das amostras de contemplação,

Infinito a arte que um pincel põe a criação.

Sobre os verdes ou casas passando a levidar,

Pedras aliadas as sombras olhando a inspiração,

Redondo ao fogo que exposto põe a queimar.

Jóias dos sonhos procurando até localizar,

Arte ao sol das molduras percorrendo a estação,

Atravessando localidades até por onde o olhar alcançar.