PRIMEIRA VEZ

Ninguém nos via mais e tive medo,

Mas nem pensei largar aquela mão

Que me guiava ao velho casarão

E onde do feito impôs-se a lei do credo.

Lembro o som saído do arvoredo

E os gemidos em plena afobação

Misturados, e tudo que era então

Proibido aos dois deixou de ser segredo.

Um do outro buscava ir ao centro,

Até cair da borda para dentro

Quem já um corpo aberto mais abriu...

Assim, de quem se fez em mil pedaços

E de alguém derretendo-se entre abraços,

De cada um de nós outro saiu...