AS CORRENTES DA ESCRAVIDÃO - SAMBA (SONETO)
AS CORRENTES DA ESCRAVIDÃO (SONETO)
AUTOR: Paulo Roberto Giesteira
Interiorizados pelas embarcações escravocratas,
Capturados por dívidas, guerras, sequestros e apostas,
Aliciamento e adversários levados para as encostas,
Portos escravocratas africanos ligados às fragatas.
Desde a antiguidade pré seleção aos cidadãos de esparta,
Levados prisioneiros para venda em encomendas expostas,
Trancafiados as filas marcados ou tangidos as grotas,
Entre insetos das galés percorridos pelas baratas.
Quando mais fortes valem a moedas de ouro ou prata,
Valendo a sua produção interessa a qualquer pirata,
Silenciados pela tribulação isento de qualquer resposta.
Mais forte para o mais fraco a negociação como maior troca,
Morrendo é jogado no mar a alimentação que a foca,
Soltado das correntes pelas ondas do mar afundado as regatas.