SENZALAS - SAMBA (SONETO)
SENZALAS (SONETO)
AUTOR: Paulo Roberto Giesteira
Depois do trabalho diário seguiam os escravos para os alojamentos,
Época colonial dos senhores dos engenhos ligados à cada pavimento,
Fazendas produtivas de especiarias por alusão ao condicionamento,
Moradias das propriedades separadas a cada confinamento.
Ciclo do café, açúcar ou tabaco pelo real pronunciamento,
Sobre as costas ou montado sobre uma charrete puxada a um jumento,
Morada das grupos pertencentes a algum senhor por tempo,
Produzindo pelo lucro arranjado do preço do momento.
Habitação etimológica, quimbundo, do termo a frente,
Vindouros das embarcações escravocratas a correntes,
Saindo só para trabalhar, festejar e ir a missa quando prudentes.
Dormindo pelas esteiras, sobre palhas ou chão duro batido atendente,
Numerosos pelos cômodos espalhados nos frios ou quentes,
Senzalas acomodavam os negros quando longe do trabalho a um contigente.
Escravos eram propriedades das fazendas-engenhos e seus procedentes,
Quando a estiagem, friagem, umidade ou pelas enchentes.