SENZALAS - SAMBA (SONETO)

SENZALAS (SONETO)

AUTOR: Paulo Roberto Giesteira

Depois do trabalho diário seguiam os escravos para os alojamentos,

Época colonial dos senhores dos engenhos ligados à cada pavimento,

Fazendas produtivas de especiarias por alusão ao condicionamento,

Moradias das propriedades separadas a cada confinamento.

Ciclo do café, açúcar ou tabaco pelo real pronunciamento,

Sobre as costas ou montado sobre uma charrete puxada a um jumento,

Morada das grupos pertencentes a algum senhor por tempo,

Produzindo pelo lucro arranjado do preço do momento.

Habitação etimológica, quimbundo, do termo a frente,

Vindouros das embarcações escravocratas a correntes,

Saindo só para trabalhar, festejar e ir a missa quando prudentes.

Dormindo pelas esteiras, sobre palhas ou chão duro batido atendente,

Numerosos pelos cômodos espalhados nos frios ou quentes,

Senzalas acomodavam os negros quando longe do trabalho a um contigente.

Escravos eram propriedades das fazendas-engenhos e seus procedentes,

Quando a estiagem, friagem, umidade ou pelas enchentes.

Paulo Roberto Giesteira
Enviado por Paulo Roberto Giesteira em 20/11/2021
Reeditado em 20/11/2021
Código do texto: T7389644
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