LEI DA GRAVIDADE

Não posso amar alguém só pela bunda

E ter rival na lei da gravidade,

Que, cedo ou tarde, leva à realidade

De que a beleza à terra um dia afunda.

Nem ser amado por virilidade

Por quem a lei tem birra mais profunda,

Com membro rijo, então, não me confunda,

E me ame pelo que sou de verdade.

Bunda e virilidade são de um tempo

Em que o corpo procura um passatempo

E deixa a alma trancada, sem brincar.

Mas quando, pela idade, a pele trinca,

Com a gravitação a alma brinca,

Sem com bunda e membro se importar.