PLÁGIO

Vesti-me em outro corpo, e o que deu,

Joaquim Pessoa, usando tua expressão

Foi ficar direitinho à assombração

Que em Sexta-Feira Treze apareceu.

Em grande aperreio se meteu

Vestido de mulher, meu coração,

E eu, pobre de mim, por extensão,

Virei bruxa de assombro... Pode, meu?

“Abraça-me, eu quero ouvir o vento”

Vindo de tua pele, nesse intento,

Quis a “maçã azul” sob o vestido,

Mas no abraço real de pele a pele

Nunca esteve o meu corpo dentro dele,

Pra "vestido de ti" ser consumido.