ANTROPOFAGIA INDIANISTA (SONETO)
ANTROPOFAGIA INDIANISTA (SONETO)
AUTOR: Paulo Roberto Giesteira
Canibalizar a carne de um inimigo de tribo,
Como ritual para obter a força de quem foi devorado,
Cru, assado ou cozido as partes de quem foi alvejado,
Morto por pedaços do corpo a que de fome foi permitido.
Crendices sobre as camadas humanas a que será mordido,
Alimentando partes a partes a que tem esfomeado,
Adquirindo todo o poder sobrenatural o que faz ritualizado,
Sob tempero ou sem sal a um caldo de amido.
Entre índios capturando qualquer um inimigo,
Caldeirão à fogueira a um corpo cadáver caído,
Flechado, machadeado, esfaqueado ou lançado.
Em lutas, batalhas ou capturas a quem é procurado...
Despedaçado pelo heroísmo ao que está conservado,
Comendo a carne conquista a força e características do vencido.