TARTARUGA (SONETO)
TARTARUGA (SONETO)
AUTOR: Paulo Roberto Giesteira
Anda tão devagar que quando chega onde quer ir,
Já estará na demora pelas pele cheia de rugas,
Vagarosa a sua maior velocidade pela sua rota de fuga,
Pela terra ou água trilhando caminhos a foragir.
Selvagem que se doma ou domestica pelo exaurir,
Banhando no sol a um calor que a isolação a enxuga;
Levando sobre suas costas a casa que a nada aluga...
Camuflando sobre seu casco a que faz diminuir.
Vivendo longos anos com o crescimento a exigir,
Alimentação vegetal ou carnívora para a sua verruga;
Entocando pelo caminho por onde ter que seguir.
Trilha pelo mato desbravando funilamento a abrir,
Tempo demorado para chegar a algum lugar a elixir,
Maior corrida escapando dos predadores, a tartaruga.