SABONETE (SONETO)
SABONETE (SONETO)
AUTOR: Paulo Roberto Giesteira
Ensaboando o corpo com um perfumado sabonete,
A marca mais cariciosa como de um delicioso sorvete,
Tirando a impureza como um pano passado no porrete,
Debaixo do chuveiro ou torneira a que sirva para lavar.
Após uma boa brincadeira ou trabalho fazendo suar,
Passando a um bar a entrar para uma bebida a saborear,
Antes da refeição a um bom assunto a dialogar,
Visitando a uma quitanda para levar um ramalhete.
Cortando lenha na tora no Machado como um cacete,
Amolado a uma lâmina afiada de um manual estilete,
Sujo à hora exata de entrar no banheiro pra se limpar.
Espera da toalha prontificada e estendida pra se secar,
Esfregando pelo corpo deixando sua rezina a olhar,
Limpeza com a fragrância pegajoso a um úmido alfinete.