A REVOLTA DA CHIBATA (SONETO)

A REVOLTA DA CHIBATA (SONETO)

AUTOR: Paulo Roberto Giesteira

No princípio do século XX os castigos corporais

Dentro das instituições públicas imperavam...

Marinha do Brasil juntando e praticando os maus tratos,

Baixos salários, negros e mulatos ocupavam as gerais.

Palmatória ou chibatadas eram acontecimentos normais,

Sobre as indisciplinas tiradas pelos registros retratos,

O almirante afros-descendente João Cândido contratos,

Como líder do motim ou montante afins sobrepujava...

Fim dos castigos físicos e condições que igualava...

Ancorado no navio a cidade do Rio de Janeiro parada,

Tiros de canhões revoltados como fatos naturais.

Negros e pardos eram os alvos pelos critérios portais,

Já que recém-saídos da escravidão eram rejeitados,

Pela sociedade condenados a subalternos dos pratos.

Combatendo as indiferenças das classes a fatos,

Resultando em muitos presos e mortos as velas umbrais,

Fardas tiradas como de patentes sobre os sapatos,

Pelo veto dos maus tratos humanos a danos corporais.

Remuneração diminuta carga horária puxada e desacatos,

Vinte dois à vinte nove de janeiro de 1910, foram os dias que constata.

A revolta da chibata com seus protestos e retaliações, a algo mais.

Paulo Roberto Giesteira
Enviado por Paulo Roberto Giesteira em 11/08/2021
Reeditado em 11/08/2021
Código do texto: T7318211
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2021. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.