A REVOLTA DA CHIBATA (SONETO)
A REVOLTA DA CHIBATA (SONETO)
AUTOR: Paulo Roberto Giesteira
No princípio do século XX os castigos corporais
Dentro das instituições públicas imperavam...
Marinha do Brasil juntando e praticando os maus tratos,
Baixos salários, negros e mulatos ocupavam as gerais.
Palmatória ou chibatadas eram acontecimentos normais,
Sobre as indisciplinas tiradas pelos registros retratos,
O almirante afros-descendente João Cândido contratos,
Como líder do motim ou montante afins sobrepujava...
Fim dos castigos físicos e condições que igualava...
Ancorado no navio a cidade do Rio de Janeiro parada,
Tiros de canhões revoltados como fatos naturais.
Negros e pardos eram os alvos pelos critérios portais,
Já que recém-saídos da escravidão eram rejeitados,
Pela sociedade condenados a subalternos dos pratos.
Combatendo as indiferenças das classes a fatos,
Resultando em muitos presos e mortos as velas umbrais,
Fardas tiradas como de patentes sobre os sapatos,
Pelo veto dos maus tratos humanos a danos corporais.
Remuneração diminuta carga horária puxada e desacatos,
Vinte dois à vinte nove de janeiro de 1910, foram os dias que constata.
A revolta da chibata com seus protestos e retaliações, a algo mais.