SAMBÓDROMO-SAMBA(SONETO)

SAMBÓDROMO (SONETO)

AUTOR: Paulo Roberto Giesteira

Pelo centro do Rio de Janeiro desfilam as escolas,

Praça XI ou na Presidente Vargas arquibancadas

Presidente Antônio Carlos no Castelo a entrada,

Avenida Rio Branco a sua extensão que descola.

Baluarte do samba construída no estandarte a bola,

Altura Central do Brasil começando a escalada,

Desde a arrumação do lado do Estácio as alas alinhadas,

Entrando na pista cronometrada pelo enredo na cola.

Cada tempo dos camarotes sambando pelas molas,

Sambistas pelos ritmos da bateria na felicidade que atola,

Júri julgando os quesitos um por um na forma disputada.

Coreografias do samba cantado na boca e no pé a fada,

Passistas passando comemorando a harmonia alada,

Sambódromo ponta a ponta a campeã do carnaval carregada.

Da famosa Avenida Marquês de Sapucaí a rica esmola,

Passarela Professor Darcy Ribeiro mentor da jornada,

Elevada pelo então Governador Leonel Brizola priorizada,

Pela zona central Carioca balança mais não cai a cola.

Campo de Santana das lavadeiras com as trouxas a fora,

Nascentes e córregos levadas as bagagens pesadas,

Lado oposto da linha férrea Barão de Mauá falada,

Estação Leopoldina caminho de quem vem ou vai embora.

Zona Norte no túnel Rebouças a Zona Sul a uma sacola,

Santa Barbara ligação condução passando a portinhola,

Canal do Mangue telespectadora a quem fica a escada.

Mem de Sá ao fim término do desfile as fantasias suadas,

Encerrando a apresentação elevando cada localidade passada,

Vencendo a melhor desde a concentração como a melhor escola.