MANUEL BANDEIRA (SONETO)
MANUEL BANDEIRA (SONETO)
AUTOR: Paulo Roberto Giesteira
A voz de algum sapo ou Maria fumaça,
Dor profunda daquilo que a nada passa,
Estrela da solidão que a angústia a laça,
Estrela da manhã que distante ultrapassa.
Pasárgada sonhada a vontade que caça,
Aquilo de desejo no destaque entre a massa,
Que queima pelo fogo quente que a algo assa...
Disputas que as vitórias a glória perpassa.
Que de ruim fora jogado entregue às traças,
Vitórias glorificadas nas premiações das taças,
Trinta e três patológicas presos às mordaças.
Notícias de jornal que perdem toda graça...
Manuel Bandeira narrando o belo fora a desgraça,
Modernista cancioneiro ao banco da praça.