MANUEL BANDEIRA (SONETO)

MANUEL BANDEIRA (SONETO)

AUTOR: Paulo Roberto Giesteira

A voz de algum sapo ou Maria fumaça,

Dor profunda daquilo que a nada passa,

Estrela da solidão que a angústia a laça,

Estrela da manhã que distante ultrapassa.

Pasárgada sonhada a vontade que caça,

Aquilo de desejo no destaque entre a massa,

Que queima pelo fogo quente que a algo assa...

Disputas que as vitórias a glória perpassa.

Que de ruim fora jogado entregue às traças,

Vitórias glorificadas nas premiações das taças,

Trinta e três patológicas presos às mordaças.

Notícias de jornal que perdem toda graça...

Manuel Bandeira narrando o belo fora a desgraça,

Modernista cancioneiro ao banco da praça.

Paulo Roberto Giesteira
Enviado por Paulo Roberto Giesteira em 08/06/2021
Reeditado em 07/08/2021
Código do texto: T7273843
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