AR CONDICIONADO (SONETO)
AR CONDICIONADO (SONETO)
AUTOR: Paulo Roberto Giesteira
Do calor lá fora ao frio aqui dentro de casa,
Condicionando o ar fresco a gelado a asa,
Quarto e cama de casal a privacidade que vaza,
Vaga-lumes transparentes voando alto a NASA.
Roupas pesadas a baixa temperatura que extravasa,
Lençóis a cobertores pelo grau que faz estrada,
Portas fechadas pelos corredores ou as escadas,
Sozinho, sombrio ou acompanhado da pessoa amada.
Forte ou fraco a umidade ou teor a vara de uma fada,
Alentos dos descansos avanços das horas que a tarda...
Despertando volumes pelo silêncio que a expectativa guarda.
Portas e janelas vedadas pelo encaixe perfeito que alarda...
Aparelho de ar condicionado repercutindo a uma farda,
Efeito do pior de lá de fora trocado pelo melhor incolor imbasa.