AMOR PERFEITO
Amor perfeito, ó flor que o campo dá,
Quem primeiro te viu e batizou,
Ao não saber de nada sobre o amor,
Não podia tal nome lhe assentar.
Se de amor quisesse te chamar,
De amor efêmero ou usando a cor
Roxa ou a amarela, Flor do desamor
Seria certo assim te nomear.
O amor perfeito nunca amarelece
E no roxo da morte não se aquece,
Não sendo desespero e dor seus bens.
Se tu murchas assim que é colhida,
E o amor supera até a própria vida,
Do amor perfeito, ó flor, tu nada tens.