ESCRAVOCRATAS - SAMBA (SONETO)
ESCRAVOCRATAS (SONETO)
AUTOR: Paulo Roberto Giesteira
Não só daquele que gosta de mandar ou judiar,
Empregado como sua propriedade a superioridade,
Enredando a política para que maior seja a inverdade,
Cercando de farpado algo que alguém possa alcançar.
Ao invés de pedir ignora tudo para eclético mandar,
Sobre cor de pele, raça ou posição social a promiscuidade,
Morador das comunidades ou favelas a improbidade,
Apostando na não cidadania a que de voto venha sustentar.
Elevando a voz a ponto do que possa ou deva gritar,
Sobrecarregando de tarefas acima das agilidades;
Acima do peso do que ele possa a vir carregar.
Cortiços ou barracões por onde tenha a que morar,
Água pra beber, eletricidade para usar ou iluminar,
Escravocratas a tacar latas sobre aquele da obrigatoriedade.