CALCINHAS APERTADAS (SONETO)

AUTOR: Paulo Roberto Giesteira

Fugindo para Miami usando uma calcinha

Apertada como a coragem de se esconder,

Ou fechar um estado com a festa do filho,

Reunindo um monte de gente almofadinha.

Querendo quebrar a economia a fio trilho,

Que de político só quer e se aparecer...

Afanando os bens públicos a feia carinha,

Improdutiva pensando naquilo que é pra ser.

Persegue, apurrinha e não tem proposta a ver,

Trazendo vacina de quem produziu o vírus a linha,

Aliando contra a calcinha apertada a cada fitilho.

Cercando sua casa com medo da população pra correr,

Roubando vidas obcecado por um ilícito poder,

Fracassado como ator, péssimo a um esgoto com farinha.