SONETO DA ESCURIDÃO
SONETO DA ESCURIDÃO
AUTOR: Paulo Roberto Giesteira
Confinamento nos leva ao ostracismo vigente,
Solidão de uma lua solitária satélite da dor,
Procurando companhia nas horas a expor...
Noite adentro no escuro tenebroso e latente.
De um amor que se foi pra sempre, indigente,
Lembro-me de quanto foi um buque de flor,
Sentindo frio a um grande e castigante calor,
Desamparado pelo tempo contratempo renitente.
Não podendo ir passear só ir até a sua frente,
Casa que mora com o portão a espera carente,
Tudo passe voltando o colorido lindo de cada cor.
Quando perpassa a ilusão que é coisa consequente,
Perdendo o que gosta pelo que foge a um escoador,
Suporte escora daquilo que ganhamos pertinentes.