SONETO DA ESCURIDÃO

SONETO DA ESCURIDÃO

AUTOR: Paulo Roberto Giesteira

Confinamento nos leva ao ostracismo vigente,

Solidão de uma lua solitária satélite da dor,

Procurando companhia nas horas a expor...

Noite adentro no escuro tenebroso e latente.

De um amor que se foi pra sempre, indigente,

Lembro-me de quanto foi um buque de flor,

Sentindo frio a um grande e castigante calor,

Desamparado pelo tempo contratempo renitente.

Não podendo ir passear só ir até a sua frente,

Casa que mora com o portão a espera carente,

Tudo passe voltando o colorido lindo de cada cor.

Quando perpassa a ilusão que é coisa consequente,

Perdendo o que gosta pelo que foge a um escoador,

Suporte escora daquilo que ganhamos pertinentes.

Paulo Roberto Giesteira
Enviado por Paulo Roberto Giesteira em 30/03/2021
Reeditado em 31/03/2021
Código do texto: T7219308
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