O tempo não perdoa
No decorrer da minha juventude,
Tempo eu tinha de sobra, ideias poucas,
Ainda assim, totalmente algumas loucas,
Vagando pelo chão da lassitude.
Em descompasso, tempo e atitude,
E o tempo ágil fiava em suas rocas
Uma trama, como urdem nas vís tocas,
As sucuris à beira do açude.
Ao contrário daquele tempos idos,
Frente a horizontes largos e compridos,
Onde economizei fôlego e passos…
Hoje, ideias me vêm em profusão,
Causando-me ansiedade e confusão,
Sem poder realizar em tempo escasso.
Aracaju-SE., 25/03/2021
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Obrigado ao Poeta Francisco de Assis Góis, pela gentil participação.
Apesar de implacável, o tempo é justo...
Por ele passa com a mesma igualdade fria,
Tanto a mucama quanto a princesa,
O prazer, o amor e a alegria,
Assim como a dor, o rancor e a alegria.