QUILOMBOLA - SAMBA (SONETO)
QUILOMBOLA (SONETO)
AUTOR: Paulo Roberto Giesteira
Lugar de refúgio dos foragidos escravos,
Quilombos resistentes como que bravos;
Refugiavam-se dos seus senhores dos engenhos,
Buscando isolamentos por unidos empenhos.
Capitães do mato eram seus perseguidores,
Trabalhos excessivos levavam à exaustão,
Castigos aos fujões com chicotes ou bastões...
Procurando recantos livramentos portadores.
Estes lugares tornaram Quilombolas no presente,
Restando famílias descendentes desta condecoração,
Morando ou residindo com costumes remanescentes.
Pretos velhos ou minas erão alvos condescendentes,
Cor da pele negra triunfante a resguardada procriação;
Aculturando a formação de um povo proeminente.
Nestes locais haviam aglomerações dos acoitados,
Escondidos mantinham condições ou folclores a atos,
Cantando e batendo tambores as palmas nos aparatos,
Recomendando resistências quando eram capturados.
Vinham de muitos desconhecidos ou conhecidos lados,
Cada país afro as estirpes a que venha ser compactado,
Costumes, influências e fertilidades ligadas aos regatos,
Longe do pais de origem mercadorias à raiz dos extratos.
Distante das famílias como instrumento a cada condado,
Localidades das liberdades no lugarejo escondido a amoitado;
Realizando festas e crendices a fome por cada preparado prato.
Dor pela história escrita ou prescrita por cada livro ou retrato,
Quilombos recordavam e reviviam as heranças a fatos,
Culinária, religião, tradição ou cultura firmando como atrelado.
Palmares ou de outros existentes abrigavam muitos procurados,
Senzalas ou Quilombos são recordações reais do passado,
Quilombolas presenteiam hereditariedade restantes do que é preservado,
Herança africana trazida do seu continente a que é perpetuado.